3 de mar. de 2008

Repartição [Culturgest]

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REPARTIÇÃO, de MIGUEL CASTRO CALDAS
Um espectáculo de PRIMEIROS SINTOMAS, encenado por BRUNO BRAVO
DE TERCA 4 A SABADO 8 DE MARCO DE 2008
21H30 - CULTURGEST, Grande Auditorio (lotacao reduzida) - Duracao 50 min.
12 Euros (Jovens ate aos 30 anos: 5 Euros, preco unico)

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Ana começa. Acabaram as repartições de finanças. Ana entra em conflito interno. Acabaram-se as repartições de finanças.
A voz da Ana várias vozes. Vozes de outros. O cúmulo dos outros é o funcionário da repartição de finanças a quem vamos declarar os rendimentos. O funcionário está doente. Ana tem de ir a casa dele. Era o tempo da última repartição de finanças. Viagem. Leito de morte do funcionário. Momento amoroso, em que Ana declara os rendimentos ao funcionário moribundo.


Texto Miguel Castro Caldas
Encenação Bruno Bravo
Com Ana Brandão, Anabela Brígida, Bruno Simões, Gonçalo Amorim, Peter Michael, Raquel Dias, Ricardo Neves-Neves, Tiago Viegas
Cenografia Stephane Alberto
Adereços e Figurinos Ana Teresa Castelo
Espaço Sonoro Sérgio Delgado
Desenho de luz José Manuel Rodrigues
Apoio ao Movimento Luca Aprea
Assistência de produção Andreia Carneiro
Direcção de produção Mafalda Gouveia

Uma co-produção Primeiros Sintomas, Culturgest M/12
Informacoes e reservas: 21 790 51 55 / 707 234 234 | culturgest.bilheteira@cgd.pt
www.primeiros-sintomas.com | www.culturgest.pt

13 de fev. de 2008

Pedro e o Lobo [A Barraca]

Encenação SANDRA FALEIRO
Concepção plástica ANA TERESA CASTELO | Música PROKOFIEV e SÉRGIO DELGADO | luz PAULO OLIVEIRA
interpretação CATARINA MASCARENHAS, CÉSAR RIBEIRO, RICARDO NEVES NEVES | Produção PRIMEIROS SINTOMAS (Para reservas telefonar 96 160 51 56)
Fui ver a estreia desta produção e saí encantado. Um adulto ir ver uma peça infantil, sem acompanhar uma criança, é sempre um risco. Mas quando a encenação está bem pensada, agradando a pequenos e graúdos, pode ser uma experiência verdadeiramente rejuvenescedora. apelando à criança dentro de nós. É o caso desta produção de «Pedro e o Lobo». O elenco está fantástico. Fazendo uso do movimento, de efeitos simples mas mágicos, tendo como pano de fundo a música encantadora de Prokofiev, e acompanhado pelos risos e encantamento das crianças na plateia, senti-me também como uma criança a ouvir a história pela primeira vez.

28 de jan. de 2008

Cândido ou o optimismo

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de Voltaire, numa versão livre para teatro de CUCHA CARVALHEIRO
encenação CRISTINA CARVALHAL| dramaturgia ANA VAZ, CARVALHAL e CUCHA CARVALHEIRO | Cenário ANA VAZ | Figurinos ANA VAZ e MARIA GONZAGA | Música SÉRGIO DELGADO | Desenho de Luz DANIEL WORM | Movimento TIAGO PORTEIRO| Apoio Vocal RUI BAETA
interpretação CATARINA REQUEIJO, CUCHA CARVALHEIRO, GONÇALO WADDONGTON, JOSÉ AIROSA, MIGUEL FRAGATA, SÉRGIO PRAIA e VITOR ANDRADE

co-produção TMM e Causas Comuns | 24 Janeiro a 24 de Fevereiro| 4ª a Sab às 21h30 Dom às 17h00

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Uma fábula sobre as aventuras de Cândido, um rapaz de raciocínio recto e espírito límpido que, por meio de um traiçoeiro pontapé no traseiro, se vê subitamente mergulhado na vida adulta. Este é o início de uma longa viagem à volta do mundo que o levará a experimentar a guerra, a ser supliciado pela inquisição, a atravessar a América a pé, a conhecer o El Dorado, a ficar milionário e a retornar à pobreza. E contudo, optimista por educação, Cândido procurará, a todo o custo, continuar a acreditar que este é o melhor dos mundos possíveis.


reservas e informações 218 438 801 | www.teatromariamatos.egeac.pt
locais de venda Fnac | Abreu | Agência Alvalade | www.ticketline.pt | ticketline 707 234 234

30 de dez. de 2007

After Darwin

de TIMBERLAKE WERTENBAKER | encenação CARLOS ANTÓNIO
cenografia e figurinos DANIELA ROXO | desenho de luz CARLOS ARROJA
interpretação ANDRÉ LEVY, MANUEL COELHO, RITA CALÇADA BASTOS
produção TNDM II | 4ª a SÁB. 21h30 DOM. 17h00 |
Dois actores e uma encenadora encontram-se a ensaiar um espectáculo onde é retratada a relação entre Darwin e o comandante do navio Beagle, o capitão Fitz-Roy, homem de espírito religioso e colérico, pouco atraído pelas descobertas científicas que Darwin foi realizando ao longo dos cinco anos da viagem de circum-navegação que ambos realizaram.

A relação entre o capitão Fitz-Roy e Darwin vai tornando-se cada vez mais tensa, assim como a relação entre os actores que os representam e a encenadora.

A partir deste enredo, uma complexa luta pela afirmação da individualidade de cada personagem vai-se desenhando. A selecção natural do mais apto irá ditar o vencedor. Mas haverá vencedores nas questões mais profundas sobre o sentido da vida?

Um espectáculo onde o pensamento darwiniano é aplicado não apenas ao mundo biológico, mas também ao mundo cultural e ao teatro, considerado como manifestação superior de cultura de uma espécie.

Em simultâneo, o Teatro da Politénica está a conduzir «Darwin no Jardim» visitas guidas especiais ao Jardim Botânico de Lisboa. Um guia botânico fala das maravilhas florísticas do Jardim — uma verdadeira pérola verde no coração de Lisboa, onde encontramos por exemplo o maior espólio de palmeiras a céu aberto do mundo — acompanhado por Charles Darwin (André Levy), que recita textos da sua Autobiografia e do Diário do Beagle, referindo as suas impressões durante a sua circunavegação a bordo do HMS Beagle sobre botância, geologia e antropologia. Todos os Domingos às 15h30, ou durante a semana sob marcação (Tel. 213 940 455)

4 de dez. de 2007

E Agora Baixou o Sol

texto Miguel Castro Caldas
encenação Bruno Bravo
Com Anabela Brígida, Bruno Simões, Raquel Dias, Ricardo Neves Neves e Tiago Viegas
co-produção Primeiros Sintomas e Teatro Maria Matos

E Agora Baixou o Sol retrata o quotidiano de uma família constituída por duas mães, dois pais e um filho e a forma como lidam com o desaparecimento do avô simbolizado por uma montanha. Esta peça estabelece os contrastes entre o mundo rural e o mundo urbano e aborda as várias fases de crescimento do filho e as questões que ele vai colocando em relação ao avô e ao mundo que o rodeia.

Se tu és uma criança e eu sou um adulto ouve: então existe entre nós uma diferença fundamental. Eu sou mais alto. Se eu agora fosse do teu tamanho não conseguia chegar aos pedais porque a minha bicicleta entretanto ficou com umas rodas desmedidas, andam sempre devagar. Tu, se fosses do meu tamanho, ias pensar que estavas à janela de uma torre de uma qualquer Beja. As minhas mãos, por exemplo, posso abarcar a tua cara toda só com uma mão aberta. Portanto ficamos assim, eu com as minhas mãos a olhar para baixo e tu com a tua cara toda a olhar para cima. Mas se esticarmos os braços ainda conseguimos dar um bacalhau. Talvez um dia te lembres de tudo, vá-se lá saber.

2 de dez. de 2007

Foder e ir às Compras [Teatro da Politécnica]

Texto de Mark Ravenhill | Tradução de Ana Bigotte Vieira
Encenação de Gonçalo Amorim
Com Carla Maciel, Carloto Cotta, Pedro Gil, Pedro Carmo e Romeu Costa.
Espaço Cénico Rita Abreu | Adereços e Figurinos Ana Limpinho e Maria João Castelo
Sonoplastia Sérgio Milhano | Desenho de Luz José Manuel Rodrigues
Assistência de produção Andreia Carneiro | Direcção de Produção Mafalda Gouveia
Uma co-produção Primeiros Sintomas / CCB
(Mais Informações e fotos)


Teatro «na tua cara» (in your face) - sexo, violência, e esparguete atirado pela ar. A vida humana reduzida (ou simplificada) aos seus elementos darwinianos: sobrevivência e reprodução, que na nossa sociedade consumista, estranhamente, se traduz por dinheiro e sexo. Robbie (Pedro Carmo) procura sexo, mas sem a interferência de relações pessoais, que se podem tornar numa dependência tão potente como uma droga. Gary (Carlotto Cotta), um prostituto adolescente, procura um pai, mas que o domine e viole. Lulu (Carla Maciel), uma atriz instintiva, vende prazer fácil, sejam drogas ou sexo telefónico. Mas Robbie (Romeu Costa) ao deixar-se levar pela atração física e sentimentos de generosidade, exaltados por extasy, oferece todas as pastilhas que deveria ter vendido. Brian (Pedro Gil), que emprega Lulu para vender drogas, surge como o personagem mais ajustado ao código amoral do consumismo, e lembra o sádico deo filme Naked (de Mike Leigh).

Sobre a encenação por Gonçalo Amorim.

Sexo torna-se uma maneira de arranjar dinheiro, A produção impressiona pelo

O que Sabemos? [Teatro da Politécnica]

«O Que Sabemos?»
a partir de QED de PETER PARNEL
encenação AMÂNDIO PINHEIRO
com JÚLIO MARTIN e MARIA JOÃO FALCÃO
produção TNDM II
29 de Set a 15 de Dez 2007
No Museu da Ciência
(Mais informações)
Comentários do blog De Rerum Natura:

No Laboratório Chimico na Rua da Escola Politécnica em Lisboa (Museu de Ciência da Universidade de Lisboa) está em cena uma peça de teatro sobre o físico Richard Feynman: "O Que Sabemos". Richard Feynman (1918-1988) é um génio da física, um dos maiores físicos do século XX. Não nasceu a tempo a tempo de participar na criação da teoria quântica (que ficou pronta por volta de 1926), mas utilizou-a de um modo bastante criativo. Foi o autor de trabalhos essenciais sobre electrodinâmica quântica, isto é, o estudo da interacção da luz com a matéria, que lhe valeram o prémio Nobel de 1965, usando métodos originais. Aliás, a extrema originalidade foi uma marca do seu trabalho em várias áreas da física.

Foi também um grande pedagogo, muito apreciado pelos alunos: os chamados "livros vermelhos" de Feynman ainda hoje são úteis a quem está a aprender física (são mesmo "livros de culto"), tal como o resumo "O Que é uma Lei Física" (edição portuguesa da Gradiva).Esteve ligado à resolução de vários problemas práticos, como por exemplo a causa da explosão da nave Challenger da NASA.

E foi o autor da ideia da nanotecnologia, a engenharia à escala atómica e molecular, que hoje está tanto em voga.Foi ainda um grande brincalhão, um físico divertido. Os livros "Está a Brincar, Sr. Feynman!" e "Nem Sempre a Brincar, Sr. Feynman!" (também publicados entre nós pela Gradiva) estão recheados de histórias curiosas que ilustram bem essa sua faceta.

A peça "O Que Sabemos" , em exibição no belo cenário do Laboratório Chimico de Lisboa, dá uma ideia bem sugestiva da mente e da vida de um sábio incomum!